Como harmonizar vinhos e queijos

Foi na França que a combinação entre vinho e queijo ganhou força e tornou-se tradicional. O queijo é um alimento que remete à antiguidade. De gregos a egípcios, as técnicas de sua produção foram sendo aprimoradas a partir de testes com leites de vaca, ovelha, cabra e búfala. Na idade média, com os monges dos mosteiros beneditinos, especialmente na França, a produção do queijo solidificou-se e desenvolveu-se a ponto de diversificar massivamente o produto. Sendo os franceses os maiores e mais tradicionais produtores de vinho do planeta, a combinação entre ambos se deu quase que naturalmente.

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As características do processo de produção de ambos são bastante semelhantes, basta lembrar que tanto os bons vinhos como os mais deliciosos queijos carregam consigo a dependência extrema do lugar (solo e clima) em que são produzidos, e ainda passam por um processo de fermentação e maturação cujo ponto inicial é o campo, com um cuidado especial na seleção da matéria prima e no trato dela, e que resulta em produtos que aguçam nossa sensibilidade gustativa.

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Identificar e agrupar os mais diferentes tipos de queijos é o primeiro passo para o sucesso da sua harmonização com as variedades enormes de vinhos que existem.

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Quais são as nossas recomendações:

– Os queijos frescos e curados (ricota, requeijão, cottage, muçarela de búfala), se dão melhor com vinhos brancos leves, secos e com nível de acidez elevado, como os Sauvignon Blanc e Chardonnay.

– Os bancos moles (brie, camembert e coulommiers),por sua vez, se equilibram bem com os espumantes por causa da contraposição entre o sal do queijo e a efervescência do vinho, mas também harmonizam bem com os vinhos Riesling e Gewürztraminer.

– Os queijos semimoles (emmental, gouda, saint-paulin),podem se conciliar bem com os brancos de forte aroma, bem como os tintos leves e frutados, como os Beaujolais, Barbera e Dolcetto.

– Os queijos duros (parmesão, pecorino, grana padano), por ter sabor com maior presença e complexidade, estão mais propícios à harmonização com vinhos tintos encorpados, pois sua acidez e nível de sal controlado não conflitam com o corpo dos tintos. Os clássicos Chianti e Bordeaux são uma excelente pedida.

– Por fim, os azuis (gorgonzola, roquefort, stilton) produzem maior satisfação quando acompanhados pelos vinhos doces como o Porto Vintage e Sauternes.

O encontro entre as texturas, aromas, sabores dos diferentes tipos de vinhos e de queijos existentes no mundo é um dos prazeres maiores que um apreciador da boa culinária pode ter. Mas harmonizar tais produtos é uma tarefa que exige um conhecimento prévio das variedades infinitas de ambos. Cada tipo de vinho, assim como cada sabor específico de queijo requer um parceiro ideal quando se trata de conciliá-los. Algumas regras básicas são essenciais para que o encontro entre vinhos e queijos se torne um sucesso de degustação, ainda que o mais importante seja a experiência empírica e o gosto pessoal de cada pessoa.

Via: clubedosvinhos.com.br

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